sexta-feira, 2 de março de 2012
Crime e Castigo
sábado, 3 de setembro de 2011
Meu Reino pelos teu pensamentos
domingo, 12 de dezembro de 2010
A vida em caixas
Os lugares têm memórias. Os lugares são testemunhas dos nossos segundos, do minutos que insistiam em voar, das horas que cruelmente se faziam curtas. Os lugares são eternos assim como as palavras, o toque, o afago e os risos. Só os lugares guardam segredos dos contos escrevemos com nosso próprio sangue, sendo nós mesmos, usando nossas peles. Um dia esse barco chegaria a um porto, onde um de nós seguiria viagem e numa estranha sociedade, um de nós herdaria os acenos à beira do cais.
Pelo menos me deixe as canções para que eu as leve debaixo do braço, junto das fotos no parque , junto com o par de nossas pegadas na areia que as ondas prepotentemente acham que apagam.
Por que o café quente está frio? Por que raios, esse azul não deixa de ser cinza? Por que a loteria não me acerta essa semana? Por que não quero levantar da cama? Por que ainda continuo a falar sozinho com as paredes, sonhando com você?
Agora vejo, que meu temor das palavras era real, que elas são cruéis se não tens a destreza ao usá-las. Elas também são terríveis quando elas querem sair e as prendemos, elas são leões famintos e feridos numa gaiola de pássaros.
Agora vejo que o fim chega e sua vida está em caixas esperando sua ida, e o ultimo abraço está lá fora a bater a porta, aguardando para entrar e dizer que é hora de partir.
Sua vida está em caixas, e aqui o eco se instala pela sala… pelo quarto… e na minha mente vazia.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Derrotas
Já não vejo como sair das tuas grades, se tudo que preciso está nos teus passos quando tu vens em minha direção, e sinto a fatal e imbatível sensação de bem que surge quando a distância entre nós diminui. Sendo cativo em tua cela, percebo que das milhares de palavras, das centenas de idiomas que o mundo já ouvi, elas se resumem a fazer minha boca pronúncia o teu nome. Teu nome é a oração que faz tudo que sou estremecer em um êxtase arrebatador de felicidade.
Aos teus ataques dos teus encantos, minhas muralhas caem como castelos de cartas ao vento. Vento este vindo do teu jeito sereno de pensar, na tua impaciencia, na demora com tuas inocentes vaidades de mulher, e no jeito de fazer tudo o que é cinza, se tornar cor e poesia.
Não faz sentido lutar, não faz sentido vitória sobre a sedução impercepitvel com que me envolves. Realmente não faz sentido, se meus desejos e meus anseios, meu choro e meu riso, meu nada e meu tudo se resumem na tua essência.
E assim, nessa agradável guerra de nós dois, por mais ilógico que pareça, baixo minhas armas e me rendo sem dúvida e sem medo.
Para todo o sempre.
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Começo do começo
Se tu és palavra, tu te chamas alegria
sábado, 11 de setembro de 2010
Dias de inverno
No dia em que o inverno vai, as cores voltam aos abraços na certeza da proximidade dos olhos, que rezam para que a vida continue repleta de sorrisos.
Mas do que me importa se é inverno ou verão, se tu és a razão das minhas manhãs de primavera e das felizes tardes de outono.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
Branco do papel
Em que caminhos devo andar, para que o acaso me surpreenda fazendo encontra-la? Através de que pés ela corre em direção à aurora? Como um rio quero que me leve em suas correntezas. Com que perfume ela seduz os corações? Com qual luz encanta sorrisos com seu sorriso? Onde se deita minha alma? E antes de adormecer, com que pensamentos fecha seus olhos e que sonhos habitam suas noites?
Que versos desesperados escreverá minha alma na solidão das rotinas? No papel em branco derrama seus sentimentos em formas de palavras, o que será que escreve?
De quem serei eu, a alma? Se vejo o avermelhado dos crespusculos, se meu peito se enche ansiedade e curiosidade, se meus pés correm pelo amanhecer, e quem levarei em minhas águas?
Sabemos que são as perguntas que movem o mundo e assim me movimento em sua direção.
E portanto, antes de fechar meus olhos e sonhar, escrevo esta carta desesperada no inquieto branco do papel.