segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Começo do começo

Te guardo no ar que respiras, e rapidamente escondo seguro em meu bolso o teu sorriso simples da mais simples simplicidade. Como em uma tela, pinto teu rosto e tua imagem nas paredes da minha memória, com a tinta que julgo ser feita com as cores do tempo. Guardo você como o fogo do eterno, e o deixo para sempre na minha efemera eternidade para que seja a água no meu deserto. Se não existem constelações que me fazem adormecer , tu serás sempre minha mais bela obra com as estrelas que escolho no céu. E ao deitar-me, todas as noites iluminarás meus sonhos. Quisera eu conhecer a essencia das hilárias composições e da rapida resposta informal que te faz ser o que é.

Se tu és palavra, tu te chamas alegria

sábado, 11 de setembro de 2010

Dias de inverno

Nos dias em que o inverno chega, as cores somem em fugas desesperadas. Nos dias em que o inverno chega, se é feliz pelos abraços. Nos dias em que o inverno chega, não há certezas, apenas talvez. Nos dias em que o inverno chega, as distâncias ficam menores. Nos dias em que o inverno chega, os olhos são tão distantes quanto o horizonte se fundindo ao céu. No dias em que o inverno chega, reza-se para que o mundo dê suas voltas. No dia em que o inverno chega, os sabores da presença são o calor dos sorrisos.

No dia em que o inverno vai, as cores voltam aos abraços na certeza da proximidade dos olhos, que rezam para que a vida continue repleta de sorrisos.

Mas do que me importa se é inverno ou verão, se tu és a razão das minhas manhãs de primavera e das felizes tardes de outono.